Silagem em tempos de secas e queimadas

Silagem em tempos de secas é um desafio para quem precisa do alimento a fim de manter a qualidade na dieta do rebanho leiteiro ou de corte.

Estamos passando por um momento em que grandes partes do interior do país está sendo assolado por queimadas e secas. Como é que fica a silagem dentro deste contexto? 

É inegável que a produção agrícola, igualmente a alimentação bovina do gado leiteiro e de corte, ficam prejudicadas pelos baixos níveis de umidade.

A seca prejudica muito a capacidade orgânica dos compostos da silagem. E, se não bastasse, temos também o problema das queimadas que assola nosso país.

Hoje, portanto, vamos pontuar como devemos proceder com silagem em tempos de secas e queimadas.

 

O desafio da silagem em tempos de secas: colher na umidade correta

A prioridade número um para silagem de alta qualidade é colher com o teor de umidade correto. 

Em síntese, bactérias que convertem os açúcares das plantas em ácido lático precisam da umidade certa para conduzir a fermentação. 

Idealmente, a planta deve ter 35% de matéria seca ou 65% de umidade para facilitar o empacotamento da silagem, visando excluir o oxigênio e promover a fermentação.

No entanto, que opções os produtores têm quando a planta fica mais seca do que isso? 

Uma opção pode ser mudar o método de armazenamento.

A umidade ideal da silagem na colheita varia de 55% a 60% (40% a 45% de matéria seca) para silos verticais limitadores de oxigênio; 60% a 65% para silos de aduelas verticais; 60% a 70% para sacos; e 65% a 70% para bunkers.


Que tal usar inoculante?

Inoculantes com bactérias produtoras de ácido láctico ajudam a acelerar a queda do pH para cerca de 4, melhorando assim o processo de fermentação

Isso é particularmente importante em situações onde um processo de fermentação eficiente pode ser comprometido decorrente de condições climáticas prejudicadas por secas ou queimadas. 

À medida que o milho em pé fica mais seco, por exemplo, o uso de inoculantes na silagem torna-se mais importante.

Preferencialmente, recomenda-se o uso de inoculantes que contenham Lactobacillus buchneri. 

Este microrganismo demonstrou melhorar a vida útil do alimento ou aumentar a estabilidade aeróbia durante a fase de alimentação. 

Isso se traduz em menos aquecimento e menor deterioração, uma vez que a silagem é aberta.

Conclusão

Portanto, observamos que a silagem sob estresse hídrico terá menor umidade e maiores níveis de matéria seca, o que afeta o valor nutricional da ração e a capacidade de embalagem.

Sem dizer que forragens com estresse hídrico podem acumular nitratos que, em níveis mais elevados, podem matar o gado. 

Por isso é importante tomar todas as providências possíveis com antecedência para, que em tempos de queimadas e secas, você possa disponibilizar a silagem para os animais. 

Conte com nossas ensiladeiras e suprimentos para ajudar no processo.

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